Não há dúvidas de que o êxito das organizações está cada vez mais ligado à capacidade de atrair, reter e engajar colaboradores. Por isso, a gestão do capital humano deve ser uma prioridade não só para a diretoria executiva, mas também para o conselho de administração.

Investir em pessoas, sim, é a pauta do momento das organizações. Principalmente quando o assunto é uma governança corporativa alinhada com as transformações sociais e tecnológicas e na percepção da complexidade do ambiente de negócios.

As pessoas são um dos principais ativos das organizações. Portanto o sucesso empresarial depende do eficaz gerenciamento dos colaboradores. Essa constatação propiciará um olhar mais direcionado para a valorização do capital humano.

E, nesse cenário, é muito importante que os CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO que contemplem os seguintes temas:

1. Saúde, bem-estar e engajamento dos colaboradores;
2. Educação continuada;
3. Avaliação de desempenho;
4. Gestão de talentos, remuneração e incentivos;
5. Cultura organizacional;
6. Diversidade, inclusão e equidade;
7. Políticas de remuneração e incentivos;
8. Desenvolvimento de diretores e potenciais líderes;
9. Direcionamento da cultura no ambiente corporativo;
10. Gestão de risco, entre outros.

Como as deliberações dos CONSELHOS estão alinhadas às estratégias dos negócios levando em conta os valores e propósitos das organizações, a criação de Comitês de Gestão de Pessoas para apoio e assessoramento é uma forte ferramenta para a qualidade dos atos decisórios. Até porque é estratégico para uma organização potencializar o desempenho, a motivação e o desenvolvimento dos colaboradores para alcançar os objetivos de sucesso almejados.

Esses Comitês, em função de seu caráter consultivo, não deliberariam e sim fariam os estudos das temáticas e recomendariam os melhores processos para garantir a assertividade das decisões do CONSELHO. Isso porque o poder de deliberação e decisão pertence ao conselho de administração.

E quais são os benefícios de ter um Comitê de Gestão Humana?

1. Aumento da eficiência dos processos internos do conselho com o material conclusivo e específico produzido pelo comitê;
2. Otimização do tempo de discussão de temas pelos conselheiros;
3. Oportunização de discussões mais profundas e independentes;
4. Contribuição para a eficácia das decisões do conselho;
5. Descentralização de parte do trabalho dos conselheiros, aumentando a capacidade de monitoramento, supervisão, orientação, direcionamento e prestação de contas;
6. Aumento do desempenho individual de cada conselheiro;
7. Aprofundamento de conhecimento pela própria administração.

Outro ponto importante a ser destacado é que o apoio de um Comitê de Gestão de Pessoas auxiliará as organizações no monitoramento dos resultados quanto à execução dos processos deliberados pelo conselho e controlará a gestão de riscos de forma mais direta e eficaz.

E, por fim, uma reflexão. Valorizar o ser humano na gestão de pessoas é mais do que um compromisso ético e moral das organizações: é reconhecer o valor e a importância de cada colaborador além do aspecto financeiro ou funcional. É uma questão de respeito, empatia e desenvolvimento pessoal e profissional de cada indivíduo.